sexta-feira, 22 de maio de 2009

Blues do Futuro






Muitos animes conseguem ser sucesso e alcançar o patamar de mundialmente famosos, mas poucos conseguem ser um “gênero” e esse é o caso de Cowboy Bebop, um anime cult.


A atmosfera de Cowboy Bebop é a seguinte: os seres humanos conseguiram tornar a maioria dos planetas habitáveis e marte agora é a nova terra, a terra tornou-se a “favela” do sistema solar devido a um acidente onde parte da lua colidiu-se com a planície terrestre. Para se ter acesso aos planetas é necessário passar portais que funcionam como se fossem “pedágios interplanetários” e que levam os viajantes de um ponto distante a outro de uma maneira rápida e segura. Naves são comuns no mundo de Cowboy Bebop, mas carros e os meios de transporte convencionais também. É um cenário futurista, mas com um pé no passado também. Um universo totalmente nostálgico e inusitado.


A sociedade é um caldeirão de etnias, ideologias, moda, tribo e estilo. A sociedade do futuro é movida ainda a dinheiro, não importando o modo de como consegui-lo.


No futuro o que vale mesmo é ser caçador de recompensa, pois se paga para a captura de bandidos ou procurados pela justiça, e querendo ou não isso é um jeito fácil de conseguir uma grana.


Cowboy Bebop tem raízes no som do Blues e do Jazz que tocam constantemente durante o desenho, fazendo parte de sua trilha sonora. Bebop é uma variante do Jazz tocada pelas big bands dos anos 40 onde o improviso é sua principal característica e Cowboy é o símbolo da cultura americana, um estilo de vida solitário e sem destino, em busca de um lugar melhor e recompensas, daí o nome “Cowboy Bebop”.


Outra característica de Cowboy Bebop é sempre colocar um estilo de musica ou uma própria musica em seus capítulos. “Asteroid Blues”, “Vênus Waltz”, “Mushroom Samba” e “Simpathy For the Devil” são alguns exemplos. Recentemente o anime teve uma versão em longa metragem chamada “Knockin on Heavens Door”.


Como toda boa história, Cowboy Bebop tem também ótimos personagens, desde os protagonistas integrantes da nave Bebop que são Spike Spiegel, Jet Black, Faye Valentine, Edward Wong Hau Pepelu Tivruski IV (Ed Radical) e o cãozinho Ein; os Antagonistas Vicious e a “Bad Girl” Julia. Uma curiosidade sobre esse anime é que na maioria dos episódios aparecem três velhos, conversando ou jogando cartas, e os nomes desses velhos é uma homenagem a um musico brasileiro mundialmente famoso; Antonio, Carlos e Jobim (Tom Jobim). Esse é o mundo do ano de 2071, ame ou deixe-o.




segunda-feira, 4 de maio de 2009

Enter Sandman


“Com um punhado de areia eu mostrarei o terror a vocês”. Foi com essa frase que se deu inicio a uma das maiores histórias em quadrinhos dos últimos anos, Sandman, o mestre dos sonhos.
Sandman é um personagem criado por Neil Gaiman, roteirista britânico que utiliza uma técnica de narrativa que mistura poesia, mitologia e o romance shakesperiano. Conhecido como o “senhor dos sonhos” Sandman é responsável pela dimensão do sonhar, onde ele é soberano. O sonhar nada mais é do que o mundo dos sonhos, lugar para onde vai a alma dos homens que dormem e descansam. Seus sonhos e suas memória ficam guardadas no sonhar e seus medos e imaginação também.

Varias são as alcunhas de Sandman, dependendo da cultura de cada povo ele pode ser conhecido por nomes diferentes como : Morpheus, Oneiros, Lorde Moldador e Oniromante.
Os Perpétuos ou Sem Fim (Destino, Morte, Sonho, Destruição, Desejo, Desespero e Delírio) são um grupo de seres que personificam vários aspectos do universo na série de história em quadrinhos Sandman, os sete perpétuos não são deuses, mas sim entidades além, responsáveis pelo ordenamento da realidade conhecida. Só sua existência mantém coeso o universo físico e todos os seres vivos.

Nobre, trágico e melancólico, Sandman é o perpetuo que mais se preocupa com os seres humanos e suas vidas, chegando muitas vezes a se apaixonar por mortais que conhecera em suas aparições pela terra.

A série Sandman durou setenta e cinco edições no período de 1989 – 1996. Até hoje Sandman é referencia nos quadrinhos e na cultura pop, sempre aclamado pelos fãs e críticos. Uma série perpétua.